Historia - Diabos do Planalto - Passo Fundo
Historia de la barra brava Diabos do Planalto y hinchada del club de fútbol Passo Fundo de Brasil
A História da Diabos do Planalto é dividida em algumas partes, a primeira parte abrangeu os anos de 2005 e 2006, nenhum de nós temos importância nessa era, a torcida foi fundada em 2005 por uma piazada que decidiu fazer uma "charanga", não era nada muito sério, mas a torcida organizada, que se denominava Diabos Vermelhos estava presente em todos jogos, tendo uma participação bem notável no clássico de 2005, quando calou a famosa "charanga do gaúcho", que era mais tradicional na cidade pelo seu maior tempo de estrada (Esta charanga era composta por carnavalescos que usavam os jogos como forma de ensaio para a banda de carnaval).
Em contraponto, a pequena torcida Diabos Vermelhos, que se formara no mesmo ano no Vermelhão eram meninos de 16 a 22 anos que faziam barulho meio desenfreado mas animado e tinham na garganta a grande diferença. Este é o ponto crucial da primeira fase da DDP, nós cantávamos, eles não.
Eu, particularmente, participei de cerca de 4 ou 5 jogos só, ainda tinha 13, 14 anos e não conseguia ter um fácil "acesso" a estes caras, afinal, eu era só um garotinho q ia lá cantar e xingar o bandeirinha e que no intervalo voltava com uma Coca-Cola e um Pastel que tivera ido pedir no intervalo para meu pai. A Diabos Vermelhos estendia uma pequena faixa 3 por 1m com um simpático "Brasinha" e a escrita "Torcida Organizada Diabos Vermelhos" ao lado e somente, do outro lado do gramado mal dava pra se ver a escrita, pouco importava, o importante era a zueira. Em 2006, com o descenso, o Passo Fundo resolveu fechar as portas em 2007 e se afundar num mar de máguas, fazendo então que com a falta de jogos, a charanga se desfizesse. Depois de um recesso de cerca de 10 meses e a morte da Torcida Diabos Vermelhos quase eminente pela falta de continuidade foi aonde começa-se a segunda era da nossa torcida.
O Passo Fundo, com um novo motivado Presidente (Castro), começou a reestruturarsse, passando a promover jantas e a divulgar idéias para inúmeras formas de apoio ao clube. Foi aí que cerca de 7, 8 cabeças que nem se conheciam pensaram a mesma coisa, e em algum tópico qualquer na comunidade "Esporte Clube Passo Fundo" no Orkut, surgiu-se a idéia: VAMOS CRIAR UMA TORCIDA ORGANIZADA para o clube. Entre conversas e conversas recebi uma mensagem de um dos carinhas que faziam parte da Diabos Vermelhos me dando a senha do Orkut da Torcida e total apoio para que continuássemos o trampo deles, e assim se sucedeu, e por isso que temos uma história de quase uma década. Como o clube passou a adotar o verde novamente, mudamos o nome da torcida para "DIABOS DO PLANALTO" e numa fria noite de Quarta-Feira, quando o Passo Fundo estreava com um time semi-amador (pra ser caridoso) numa Copa FGF qualquer, foi lá onde nos conhecemos (não vou citar nomes para não ficar se masturbando) e damos continuidade, de forma tão amadora quanto o time, na nossa torcida. Nos posicionávamos no mesmo local, perto da grade divisora de torcidas, das músicas lembro que cantávamos "Horto Magiko", "Tricolor, meu bom amigo", "Vamos a Ganhar", "O Passo Fundo joga bola tãtã", etc, etc e etc. Nossa única faixa era uma de TNT, feita a la loco, escrita SEMPRE CONTIGO. Nunca tivemos muita aprovação dos demais torcedores, éramos desbocados demais e fazíamos muita baderna, e foi isso que nos motivou, para no jogo contra o Grêmio, nos tornarmos definitivamente uma Barra-Brava.
Ao começar pelo posicionamento, saímos do lugar e fomos para trás do gol, passamos a ter Tirantes e faixas (1986, DIABOS DO PLANALTO, Felipe é Gol) e uma coisa que era parte da nossa identidade e originilidade, tínhamos um bambu gigantesco com uma bandeira FARROUPILHA, e lhes digo Farroupilha pois não tinha o Brasão e era Quadrada, bem com alcunhavam os guerreiros de 1835. E assim se seguiu, adentramos Série B do Gaúchão por quartas e domingos a dentro 2008, 2009, 2010, e ainda há quem achava que não tinhamos raíz, que não éramos ninguém, que não tínhamos identidade, que não tínhamos disposição. Aí apareceu aqueles que passaram a ser as comédias de nossas vidas, a Alma Gaúcha veio ridícula como o seu clube, que passou a ser de Marau. Trajados com bumbos de times de Porto Alegre, cantando músicas castelhanas e boxeando teclados, a tentativa de torcida rival se mostrou péssima de início ao fim, nunca conseguiu êxito algum sob nenhum aspecto em nós e morreu, assim como nasceu, ridícula. Até para nós foi triste, afinal, é triste ver que este criaredo prefere dar a bunda em Porto Alegre ao invéz de fazer raíz aqui, é por isso que o seu clube está como está.
Enfim, voltamos a quem realmente importa, a que a estas alturas já era a maior do norte, já havia calado quem quer que seja como local e seu rival, costumeiramente, como local e visitante. Em 2011 passa a começar a era de que considero a nossa atual era, a era de organização, de culturação, de respeito e de se pensar no futuro. Com todos estes anos, muitos atos extra-campo se deram na nossa torcida, o papel da nossa torcida nessa rerguida no clube é visto a olhos nus, dando valor e incentivando nosso clube passamos a mostrar para outras pessoas, e motivando-as a fazerem o mesmo, e assim nosso clube passou a ter valor maior a todos e principalmente, a si mesmo, pois passou a ver sua grandeza em nós, naqueles loucos que desde 2005 não faltaram NENHUM JOGO, é isso mesmo, NENHUM jogo como mandante e oficial faltamos. Salve a DDP, rumo aos dez anos.